PRIMEIRO EXOPLANETA DESCOBERTO


Free PLUS News


A CIÊNCIA E SEUS AVANÇOS

Por Gerson Geovanni

O mundo da astrônomo vive um momento de total euforia com a possível detecção de um exoplaneta extragaláctico. A ciência tem evolução comprovada em vários segmentos unindo passado, presente e futuro. 

A reportagem a seguir, para o nosso canal é assinada por Marcelo Zurita, do portal Olhar Digital.

Foto Divulgação 

A procura por planetas fora do Sistema Solar, os chamados exoplanetas, se iniciou no final dos anos 80 e em 1989, foram anunciadas as primeiras descobertas. O método consistia em medir a influência gravitacional dos planetas na luz de suas estrelas-mãe, o que só funciona para planetas muito grandes. Mas logo surgiu uma outra técnica bem mais eficiente, a do trânsito planetário.

A técnica do trânsito consiste em observar pequenos “eclipses” em estrelas distantes. Quando um planeta passa exatamente em frente a essa estrela, provoca uma pequena redução em seu brilho com um padrão bem característico.

O método ainda é bastante restritivo, pois exige que o plano orbital do planeta esteja alinhado com a Terra. Mas foi a partir da observação desses trânsitos, que as descobertas deram um salto nos últimos anos. Hoje já são cerca de 5000 exoplanetas descobertos, sendo mais de 4000 deles já confirmados.

E  foi baseado nesta técnica que foi detectado o provável primeiro exoplaneta extragaláctico da história. Só que para ser possível observar um trânsito planetário em uma estrela a vários milhões de anos luz de distância, foi preciso uma “sacada genial”!

O que impede esse tipo de observação com nossa tecnologia atual é que o brilho das estrelas de outras galáxias, chega até nós muito fraco e misturado ao de outras estrelas ao redor, o que impossibilita a distinção das pequenas variações provocadas pelo trânsito de exoplanetas.

A grande sacada dos cientistas foi procurar por exoplanetas em um tipo muito específico de sistema estelar: as binárias de raios-X. Esse sistema é composto por uma estrela como o Sol dividindo um centro de gravidade com outra bem mais massiva, que pode ser uma estrela de nêutrons ou um buraco negro.

Esta estrela mais massiva suga matéria da primeira e, como consequência, libera energia na forma de Raios-X. Como esse processo é extremamente energético e, como esse tipo de sistema estelar não é tão comum, a passagem de um planeta em frente à binária poderia ser percebida através de uma pequena variação na intensidade do raio-X emitido.

E foi aí que entrou em ação o Chandra, que é um telescópio espacial da NASA projetado especialmente para observações no espectro do raio-X. Os pesquisadores utilizaram mais de 230 horas do Chandra procurando por trânsitos em 238 sistemas estelares em 3 galáxias.

Em apenas um desses sistemas, o M51 ULS-1, situado na Galáxia do Redemoinho, a 28 milhões de anos-luz de distância, eles perceberam uma variação de brilho consistente com um trânsito planetário. Algo tão inédito que os astrônomos nem sabem ao certo como chamar o candidato a primeiro planeta descoberto em outra galáxia, mas sugerem a adoção do termo “extroplaneta” para esse tipo de objeto.

Para confirmar que o fenômeno detectado foi causado realmente pelo trânsito de um extroplaneta, será preciso ainda registrar outros dois trânsitos do mesmo objeto, o que os astrônomos calculam que só vá ocorrer daqui uns 140 anos. Mas a técnica proposta por eles abre caminho para uma nova era de descobertas de novos mundos cada vez mais distantes.


Fonte: Portal Olhar Digital 

Colunista: Marcelo Zurita

Foto: Arquivo da Internet 


Fique ligado, em breve mais reportagens sobre os principais acontecimentos no mundo da ciência. 

Acesse: www.redeplusmais.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

A ATRAÇÃO DO DOMINGO NA CAPITAL DOS GAÚCHOS

PLUS MAIS Online Por  Gerson Geovanni Foram apenas 7 segundos mas valeu como uma sena com requinte em detalhes, como as produções de Hollywo...